terça-feira, 30 de setembro de 2008

a que ponto chegamos?

"O material escolar mais barato que existe na praça é o professor."
( Jô Soares )

Oi


É Preciso Saber Viver



Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver
Toda pedra do caminho
Você pode retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
Saber viver, saber viver!
Composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos

domingo, 28 de setembro de 2008

Ney Matogrosso em Cuiabá!!! eu quero ir!!! eu querooooo!!




Bem diferente do formato de recital de “Canto em qualquer canto”, seu último trabalho, o novo show volta à estética exuberante e de tom performático que marcou o inicio da sua carreira. Ney Matogrosso volta a pisar num palco junto com uma banda de rock, o que não ocorria desde 1974, ano da última apresentação dos Secos & Molhados, grupo no qual surgiu para o mundo. Ao lado do Barão Vermelho e apresentando músicas do amigo Cazuza, o cantor reacende uma chama adormecida: o gosto pelo gênero que o lançou ao estrelato. A saudade foi tanta que Ney montou então uma nova banda, reuniu um explosivo repertório, de Cazuza à Arnaldo Antunes, de Caetano Veloso à Chico Buarque - seu mais novo show, batizado de Inclassificáveis, o mais ácido de sua carreira. “O show com o Barão me deu um novo rumo. Revivi uma sensação que tinha perdido. Mas, mesmo quando canto samba, há algo que eu me atreveria a dizer que é rock, um desrespeito à convenção, por mais que eu respeite a tradição, a harmonia e a melodia. É algo que faz parte do meu ser. Porque rock não é um estilo musical, é uma atitude diante da vida .”Há pelo menos 12 músicas inéditas no repertório. A lista inclui 'Seda', de Cazuza, já gravada por Lobão.Ao longo da apresentação, ele alterna as novas com temas conhecidos. Tem ‘Mal Necessário’, que é dos anos 80, fez sucesso e nunca mais cantei”.Entre as outras estão 'Ouça-Me', de Itamar Assumpção, 'Inclassificáveis', a música-título do show, que é de Arnaldo Antunes, e 'Divino e Maravilhoso', de Caetano Veloso.De Alice Ruiz, de quem Ney canta 'Leve', uma parceria com Iara Rennó. Arrisca mais uma vez ao optar pelos novos como Dan Nakagawa, o autor de 'Um Pouco de Calor', balada que propicia um dos momentos mais calmos de um show em geral explosivo, cantado em tons altos. É espetáculo de peso.Fred Martins entra com duas músicas: 'De Novo' e 'Novamente', em que Ney dança de costas mexendo com a platéia.Muito sensual, aparece cantando 'Mente, Mente', de Robinson Borba, que propicia coreografias erotizadas, e em outros momentos, o incisivo 'Ode aos Ratos', de Chico Buarque e Edu Lobo.Pedro Luis também não fica de fora e entra com a belíssima 'Fraterno'. Ney concentra atenções no roteiro que concilia número de músicas românticas e músicas com rítmo mais intenso, como em 'Cavaleiro de Aruanda', um dos momentos mais fortes do show. Já outros, como um luau maravilhoso, em 'Coisas da Vida', de Alzira Espíndola e Itamar Assumpção, com o cantor sentado ao lado de dois violonistas e de um percussionista. 'Veja bem meu Bem', de Marcelo Camelo, começa leve, suingada, para depois ganhar peso. 'Lo que tenga que ser, que sea', sentencia em castelhano, ao cantar 'Sea', tema do uruguaio Jorge Drexler, urdido com lindo arranjo vocal.De Cláudio Monjope e Carlos Rennó canta 'Coragem Coração'.Em 'Porque que a gente é assim', mais uma música de Cazuza, outra surpresa: Ney desce, canta e dança na platéia. E, se for para envelhecer, que seja com a mente sã - como prega 'Lema', parceria de Lokua Kanza e Carlos Rennó. Aos 66 anos, o artista é fiel ao seu lema - a ponto de seu show, mesmo tendo atmosfera roqueira, nem poder ser enquadrado no rótulo pop rock. No bis, como um sopro de otimismo, Ney costura 'Simples Desejo', a música que batizou o segundo CD de Luciana Mello, e para encerrar, 'Pro Dia Nascer Feliz'. O figurino ficou por conta de Ocimar Versolato, que já trabalha com Ney a quase 10 anos. O cantor aparece em cena com um macacão dourado feito com 40 mil micropaetês presos à mão. O resultado é um banho de ouro em um cantor travestido de deus inca.No momento, está sendo confeccionada outra vestimenta, cuja superfície terá o desenho de um lagarto, mas esta opção só poderá ser incluída durante a turnê.O tecido utilizado no figurino foi elaborado com exclusividade e permite surpreendentes trocas no palco. Versolato revela que confeccionou ele próprio boa parte da roupa. “O Ney precisou ficar cinco horas de pé com os braços abertos, para eu alfinetar tudo milimetricamente em seu corpo. Acabamento, para mim, tem que ser impecável. Não é porque está longe, no palco, que pode ser grosseiro. Fizemos tudo como uma jóia”, diz. Sobre a segunda-pele e o macacão, os balangandãs vão criando novas identidades, complementadas por quatro adereços diferentes idealizados para a cabeça, alternando penachos, esmeraldas, medalhas e capacete de strass.Com temas que variaram do indiano ao indígena, as cores fortes como o laranja, o amarelo e o vermelho foram muito exploradas pela produção. Da mesma forma o figurino dourado, trocado em cena várias vezes durante todo o show, remete à fortuna e riqueza da tradição e cultura tanto indígena como a indiana. O cenário tem assinatura de Milton Cunha, e é composto por cortinas ao fundo do palco, que se modificam ao longo da apresentação, oferecendo dinamismo e identidade às músicas.A direção musical é de Emílio Carrera, ex-integrante dos Secos e Molhados.No palco, uma nova banda renova o cantor: Carlinhos Noronha (baixo),Junior Meirelles (guitarra/violão), Segio Machado (bateria), Emilio Carrera (piano, teclado e direção musical), DJ Tubarão (percussão e pick up) eFelipe Roseno (percussão). O camaleão da MPB ainda vai contra a maré e, em época de debandada de artistas das grandes gravadoras, ele acertou com a EMI o lançamento de Inclassificáveis em CD e DVD, que foi gravado em janeiro de 2008 no Canecão.


Fonte: www.neymatogrosso.com.br
Dia 11 de Outubro no Centro de Eventos do Pantanal
Mesas Setor A (Azul): R$ 450,00 Mesas Setor B (Laranja): R$ 350,00 Cadeiras Meia (Não numeradas): R$ 30,00 Cadeiras Inteira (Não numeradas): R$ 60,00
Mesas e ingressos: Casa de Festas (65) 3622-2566 e Innova Decorações (65) 3626-2223


Park Hotel Boa Fé







Um passeio surpreendente pela beleza e contraste, pois o Park Hotel Boa Fé é um paraiso no meio do cerrado e das queimadas.
Situado entre Primavera do Leste e Barra do Garças/MT, encontramos um lugar lindo, tranquilo, com piscina, toboga, lagos, chafariz, espaço para pesca, karaoke, bilhar, remo...ideal para quem quer esquecer dos problemas, namorar, tomar um sol....ser feliz!!!
Ficaram na memoria as brincadeiras, danças e cantorias dentro do onibus durante a ida...o pneu furado na volta, as piadas da Aurenice que gritava, dizendo que nao queria moooreer....rsrs
....as meninas que pintavam de pasta o rosto de quem cochilasse e depois ainda tiravam foto!
enfim o passeio com a galera da escola J.R.V. foi uma deliciosa odisséia!!!

By Jana

Relaxando


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Dica para este final de semana...




Dance, dance....




Conselho


Feira de Mangaió






Fumo de rolo arreio e cangalha
Eu tenho pra vender, quem quer comprar

Bolo de milho broa e cocada

Eu tenho pra vender, quem quer comprar

Pé de moleque, alecrim, canela

Moleque sai daqui me deixa trabalhar

E Zé saiu correndo pra feira de pássaros

E foi passo-voando pra todo lugar

Tinha uma vendinha no canto da rua

Onde o mangaieiro ia se animar

Tomar uma bicada com lambu assado

E olhar pra Maria do Joá

Cabresto de cavalo e rabichola

Eu tenho pra vender, quem quer comprar

Farinha rapadura e graviola

Eu tenho pra vender, quem quer comprar

Pavio de cadeeiro panela de barro

Menino vou me embora

Tenho que voltar

Xaxar o meu roçado

Que nem boi de carro

Alpargata de arrasto não quer me levar

Porque tem um Sanfoneiro no canto da rua

Fazendo floreio pra gente dançar

Tem Zefa de purcina fazendo renda

E o ronco do fole sem parar

Eiii forró da mulestia..
Eitaa Sanfoneiro da gota serena..

Composição: Glorinha Gadelha / Sivuca
P. S. otimo pra dançar...e de preferencia na interpretaçao de Clara Nunes

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Relojoeiros




“Os relojoeiros, ao fazer seus relógios, pensavam apenas nos relógios: queriam fazer relógios perfeitos, bonitos, obras de arte. Relojoeiros pensam em relógios. Mas os homens da ciência começaram a ter pensamentos diferentes dos pensamentos dos relojoeiros ao olhar para os relógios. Os pensamentos deles começaram a dar grande pulos, pulos enormes; pularam dos relógios para o universo. Perceberam que os relógios e o universo se pareciam. Eram máquinas análogas. O relógio era um universo pequeno. O universo era um relógio grande. E foi assim que o relógio, de objeto criado para medir horas, passou a ser, de repente, modelo do universo. Assim, para compreender o universo bastava compreender os relógios”.


(Rubem Alves)

Inocencia


Sobre cientistas e pescadores (As semelhanças não são mera coincidência...)




“Os pescadores-fabricantes de redes se organizaram numa confraria. Para se pertencer à confraria era necessário que o postulante soubesse tecer redes e que apresentasse, como prova de sua competência, um peixe pescado com as redes que ele mesmo tecera. Mas uma coisa estranha aconteceu. De tanto tecer redes, pescar peixes e falar sobre redes e peixes, os membros da confraria acabaram por esquecer a linguagem que os habitantes da aldeia haviam falado sempre e ainda falavam. Puseram, no seu lugar, uma linguagem apropriada às suas redes e os seus peixes, e que tinha de ser falada por todos os seus membros, sob pena de expulsão”.

(Rubem Alves)

Cozinheiro-professor








“Durante anos consecutivos, nossos professores têm aprendido teorias científicas sobre a educação, achando que é assim que se formam professores. Existe, de fato, uma ciência da educação, como também existe uma ciência do piano. Mas a ciência da educação não faz um professor, da mesma forma como o conhecimento da ciência do piano não faz um pianista. Muitos professores maravilhosos nunca estudaram as disciplinas pedagógicas. Se os alunos refutam diante da comida e se, uma vez engolida, a comida provoca vômitos e diarréia, isso não quer dizer que os processos digestivos dos alunos estejam doentes. Quer dizer que o cozinheiro-professor desconhece os segredos do sabor. A educação é uma arte. O educador é um artista. Aconselho os professores a aprender seu ofício com as cozinheiras”




(Rubem Alves)

Inteligencia





“Pensa-se, comumente, que a tarefa de um político é administrar o país: pôr a casa em ordem, construir coisas novas, consertar coisas velhas, cuidar das finanças, da saúde, da segurança, da justiça, dos meios de comunicação, incluída, inclusive, a administração dos meios de escolarização existentes, coisa sob a responsabilidade do ministério da educação. Discordo. Existe uma diferença qualitativa entre aquilo que fazem os ministérios administrativos e aquilo que o ministério da educação deve fazer. A diferença entre eles é simples. Os ministérios administrativos cuidam do hardware do país. Eles lidam com a ‘musculatura’ nacional. O ministério da educação tem a seu cuidado o software do país. Ele cuida da ‘inteligência’ nacional. Seu objetivo é fazer o povo pensar. Porque um país – ao contrário do que me ensinaram na escola – não se faz com as coisas físicas que se encontram em seu território, mas com os pensamentos de seu povo”.


(Rubem Alves)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Acorda


Racismo é burrice








Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa genteEssa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fomeSabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.



AUTORIA: Gabriel Pensador

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

domingo, 21 de setembro de 2008

A Lua Que Eu Te Dei

Composição: Herbert Vianna

Posso te falar dos sonhos
Das flores
De como a cidade mudou
Posso te falar do medo
Do meu desejo, do meu amor...
Posso falar da tarde que cai
E aos poucos deixa ver
No céu a Lua
Que um dia eu te dei...
Gosto de fechar os olhos
Fugir no tempo
De me perder
Posso até perder a hora
Mas sei
Que já passou das seis...
Sei que não há no mundo
Quem possa te dizer
Que não é tua
A Lua que eu te dei...
Pra brilhar
Por onde você for
Me queira bem
Durma bem
Meu Amor...

Uma questao de ponto de vista











Conto erotico




-Assim ?
-É. Assim.
-Mais depressa ?
-Não. Assim está bem. Um pouco mais para...
-Assim ?
-Não, espere.
-Você disse que...
-Eu sei. Vamos recomeçar. Diga quando estiver bem.
-Estava perfeito e você...
-Desculpe.
-Você se descontrolou e perdeu o...
-Eu já pedi desculpa !
-Está bem. Vamos tentar outra vez. Agora.
-Assim ?
-Um pouco mais pra cima.
-Aqui ?
-Quase. Está quase !
-Me diga como você quer. Oh, querido...
-Um pouco mais para baixo.
-Sim.
-Agora para o lado. Rápido !
-Amor, eu...
-Para cima ! Um pouquinho...
-Assim ?
-Aí ! Aí !
-Está bom ?
-Sim. Oh, sim.
-Pronto.
-Não ! Continue.
-Puxa, mas você..
-Olha aí... Agora você...
-Deixa ver...
-Não, não. Mais para cima.
-Aqui ?
-Mais para o lado.
-Assim ?
-Para a esquerda !! O lado esquerdo !
-Aqui ?
-Isso ! Agora coça.
AUTOTIA: Luís Fernando Veríssimo


Amizade


Fumigas


Coisas que perdemos pelo caminho (Things We Lost in the Fire)




Halle Berry e Benicio Del Toro estao sensacionais no filme Coisas que perdemos pelo caminho.
Além da grande cumplicidade entre eles, o talento, o filme conta com os seguintes temas: amizade, morte, vicio...
discorre como é dificil recomeçar a vida quando perdemos uma pessoa que amamos!
Mostra os percalços das pessoas viciadas em drogas, a busca pela recuperaçao e a superaçao!
Mas é emocionante principalmente pelo belissimo exemplo de amizade, pois quando verdadeira nos ajuda a enfretrar toda dor!
By Jana


Sem noçao II



Sem noçao do perigo


A Favorita


O drama vivido por Catarina na novela das oito tem causado grande indignaçao em todos os espaços (escolas, familias, bares...) e evidencia uma pergunta: Qual é o limite de humilhaçao que uma mulher casada pode tolerar?
Sem querer julgar, mas julgando, tanto a passividade, no caso de Catarina, como a agressividade do Leonardo, revoltam. Ambos parecem que perderam o senso de humanidade, consigo e com os outros, respectivamente.
O pior desta historia é que embora pareça "mera ilustraçao televisa" ela acontece...com a mesma falta de auto-estima, com maior violencia, com inumeras mortes....!!!
Esperamos que a reaçao, a coragem de recomeçar, apresentada no capitulo do ultimo sabado, prevaleça na ficçao e principalmente na dura realidade das mulheres que jazem do mesmo infortunio.

By Jana

Talento


Genealogia de um individualista



Percebe-se já na maternidade o bebê que tem no DNA as características de um individualista. Enquanto ele mama num bico, tapa com a mão o outro, para nenhum intruso cair em tentação. Seu choro é dos mais altos do bairro, já que ele exagera, para ocultar outros bebês que possam estar clamando atenção.Suas primeiras palavras não são ''''ma-mã'''' nem ''''pa-pá'''', mas ''''be-bê'''', ''''eu que-lo'''', ''''mim gosta''''.


Só depois, ele nota que existem outros seres ao redor e interage falando ''''meu ma-mã'''', ''''pa-pá do be-bê''''.A bicicletinha do garoto individualista não vem com garupa, pois é só dele. A sua primeira mesa de botão vem só com um lado do campo, pois só ele pode jogar. A sua primeira mesa de pingue-pongue se chama na verdade mesa de pingue, pois ninguém dará o pongue. Seus esportes são correr, bicicleta e esteira. Para não passar uma bola para outrem.


Nas férias escolares, o ser individualista queima todos os seus livros didáticos do ano letivo que passou, para que ninguém possa usá-los. Ele fará faculdade de Direito. Pretende seguir a carreira de juiz, pois quer mandar mais do que todos e julgar a humanidade. Se não conseguir passar nos exames, abrirá uma igreja.


O individualista é um indivíduo que renasce com força nos momentos econômicos favoráveis. Pois, ciente da oportunidade rara, ele aproveita os bons ventos para faturar e consumir, ignorando ideais humanistas, sentimentos altruístas, dispensáveis e piegas, vocações de tempos de crise, quando muitos se unem para combater o caos e as ameaças de desintegração da própria espécie, inclusive a dos individualistas.


Ele é obcecado por limpeza. Aplaude quando favelas são removidas e moradores de rua são retirados de praças e calçadas. Aplaude recapeamento de ruas e avenidas. Acredita que o melhor para o Brasil é a malha rodoviária, e não a ferroviária, já que o seu lema é ''''cada um que trace o seu próprio caminho e cuide do seu nariz''''.


O individualista não usa transporte coletivo. Não faz greves nem manifestações. Participou apenas de uma passeata na Avenida Paulista, a do Movimento Basta de Impostos, preocupado com os tentáculos que o governo lança sobre o lucro da iniciativa privada.O individualista odeia impostos. Todos eles. Acredita que não adianta pagá-los, pois a máquina burocrática pública come todo o dinheiro, sem contar as máfias organizadas em bolsões de corrupção e partidos políticos. Para o individualista, a CPMF só servia para cobrir as despesas da TV Lula, dos cartões de crédito do Planalto, dos programas sociais que não ensinam a pescar.


O individualista comemorou o fim do imposto provisório. Porque o dinheiro estará injetado na economia, e não na mão de um Estado ineficiente.Atualmente, o individualista defende a privatização de todos os setores, até da saúde. Ele não fuma, não come queijos gordos nem frutos do mar, bebe com moderação, faz exames periódicos na próstata e no cólon, por que deveria se preocupar (e pagar) por quem não cuida da própria saúde? Cada um com os seus problemas.


Defende que cada indivíduo pague pela sua segurança (carros blindados, condomínios fechados) e pela saúde da família (previdência privada e planos de saúde), a entregar o montante ao funcionalismo público incompetente, preguiçoso, fantasma.Aceita pagar pedágio, para não estragar a suspensão, amortecedores e molas do seu carro blindado, que troca a cada dois anos.O individualista não tem preconceitos. Mas nunca irá à Parada Gay, nem recomenda a nenhum dos seus filhos.


O individualista matricula-os em escolas estrangeiras, pois os mesmos não merecem uma educação inferior, falada em português, idioma infeliz, de pouca repercussão nos negócios e na cultura, e devem, com certeza, exilar-se deste País sem futuro e fazer MBA ou pós fora daqui.


O individualista acha que o Brasil deveria dar um troco na Bolívia, depois que o país vizinho nacionalizou as ''''nossas'''' refinarias. Invadir e botar aqueles índios para tocar flauta nos Andes. Aproveita e expulsa aqueles que tocam no Glicério, defende. Ele é contra imigrantes. Contra o Mercosul. O Brasil deveria fazer como o Chile e se unir em bloco a quem interessa, os Estados Unidos. E, sim, mandar Chávez se calar, mas desta vez em português claro: ''''Por que não cala a sua boca, mala!''''


O individualista vai ao teatro para assistir a musicais da Broadway; isso, sim, espetáculo que entretém, com tecnologia e sofisticação, e não aquelas peças de hippies depravados, que ainda por cima usam dinheiro de incentivo fiscal para roubar e, com notas frias, comprar carros e casas à custa do erário.


O individualista não vê muitos filmes brasileiros, que considera amadores, sem efeitos especiais e com pouca ação. Mas adorou Tropa de Elite, que viu numa cópia pirateada por ele mesmo, num download de um torrent.


O individualista, apesar de individualista, adota tecnologia de ponta no seu dia-a-dia, um paradoxo - ele não é retrô, mas bem antenado.


O individualista já tem o conversor de alta definição na tevê plasma. A sua sala é um verdadeiro parque de exposição do que há de mais avançado em tecnologia de som e imagem. Porque o individualista prefere que sua família não dê mole em ruas e esquinas de uma cidade que perdeu o controle da violência urbana.

O individualista mora em condomínio fechado. Entregadores de pizza não entram nem a pau! Nem de chinês, japonês ou muito menos árabe. Nem motoboys. Nem o Correio entra. Os empregados domésticos têm crachás. Os visitantes são obrigados a posar para fotografias em cadastros digitais. Cada residência está conectada ao circuito fechado de tevê. Plasma.Cada vez que há uma visita, o individualista corre para conferir em sua tevê se a visita é quem afirma ser.

É tão rigoroso com o zelo do seu patrimônio, que não autorizou a entrada da esposa, quando ela fez chapinha, confundindo-a com uma falsa doméstica que atacava de peruca pela redondeza.


O individualista morre de uma doença rara; não vai morrer de algo que qualquer um pega. E no seu velório aparece apenas um sujeito, que olha o caixão, as flores e a única faixa. É outro individualista, que diz: ''''Menos um.''''

AUTORIA: Marcelo Rubens Paiva

Ser feliz


Luta


Origem feminina




Existem várias lendas sobre a origem da Mulher.Uma diz que Deus pôs o primeiro homem a dormir, inaugurando assim a anestesia geral, tirou uma de suas costelas e com ela fez a primeira mulher.E que a primeira provação de Eva foi cuidar de Adão e agüentar o seu mau humor, enquanto ele convalescia da operação.


Uma variante desta lenda diz que Deus, com seu prazo para a Criação estourado, fez o homem às pressas, pensando “Depois eu melhoro”, e mais tarde, com tempo, fez um homem mais bem-acabado, que chamou Mulher, que é “melhor” em aramaico.


Outra lenda diz que Deus fez a mulher primeiro, e caprichou nas suas formas, e aparou aqui e tirou dali, e com o que sobrou fez o homem só para não jogar barro fora.Zeus teria arrancado a mulher de sua própria cabeça.


Alguns povos nórdicos cultivam o mito da Grande Ursa Olga, origem de todas as mulheres do mundo, o que explica o fato das mulheres se enrolarem periodicamente em pêlos de animais, cedendo a um incontrolável impulso atávico, nem que seja só para experimentar, na loja, e depois quase desmaiar com o preço.


Em certas tribos nômades do Meio Oriente ainda se acredita que a mulher foi, originariamente, um camelo, que na ânsia de servir seu mestre de todas as maneiras foi se transformando até adquirir sua forma atual.


No Extremo Oriente existe a lenda de que as mulheres caem do céu, já de kimono.E em certas partes do Ocidente persiste a crença de que mulher se compra através dos classificados, podendo-se escolher idade, cor da pele e tipo de massagem.Todas estas lendas, claro, têm pouco a ver com a verdade científica.


Hoje se sabe que o Homem é o produto de um processo evolutivo que começou com a primeira ameba a sair do mar primevo, e é o descendente direto de uma linha específica de primatas, tendo passado por várias fases até atingir o seu estágio atual e aí encontrar a Mulher, que ninguém ainda sabe de onde veio.


É certamente ridículo pensar que as mulheres também descendem de macacos. A minha mãe, não!Uma das teses mais aceitáveis sobre o papel da mulher na evolução do homem é a de que o primeiro encontro entre os dois se deu no período paleolítico, quando um homo-sapiens mas não muito, chamado, possivelmente, Ugh, saiu para caçar e avistou, sentado numa pedra, penteando os cabelos, um ser que lhe provocou o seguinte pensamento, em linguagem de hoje:


”Isso é que é mulher e não aquilo que tenho na caverna”.Ugh aproximou-se da mulher e, naquele seu jeitão, deu a entender que queria procriar com ela.”


Agh maakgrom grom”, ou coisa parecida. A mulher olhou-o de cima a baixo e desatou a rir.É preciso lembrar que Ugh, embora fosse até bem apessoado pelos padrões da época, era pouco mais do que um animal aos olhos da mulher.


Tinha a testa estreita e as mandíbulas pronunciadas e usava gordura de mamute nos cabelos.
A mulher disse alguma coisa como “Você não se enxerga, não?” e afastou-se, enojada, deixando Ugh desolado. Antes dela desaparecer por completo, Ugh ainda gritou: “Espera uns 10 mil anos pra você ver!”, e de volta à caverna exortou seus companheiros a aprimorarem o processo evolutivo.


Desde então, o objetivo da evolução do homem foi o de proporcionar um par à altura para a mulher, para que, vendo o casal, ninguém dissesse que ela só saía com ele pelo dinheiro, ou para espantar assaltantes.Se não fosse por aquele encontro fortuito em alguma planície do mundo primitivo, o homem ainda seria o mesmo troglodita desleixado e sem ambição, interessado apenas em caçar e catar seus piolhos, e um fracasso social.


Mas de onde veio a primeira mulher, já que podemos descartar tanto a evolução quanto as fantasias religiosas e mitológicas sobre a criação?Inclino-me para a tese da origem extraterrena. A mulher viria (isto é pura especulação, claro) de outro planeta.Venho observando-as durante anos - inclusive casei com uma, para poder estudá-las mais de perto - e julgo ter colecionado provas irrefutáveis de que elas não são deste mundo.


Observei que elas não têm os mesmos instintos que nós, e volta e meia são surpreendidas em devaneio, como que captando ordens de outra galáxia, embora disfarcem e digam que só estavam pensando no jantar. Têm uma lógica completamente diferente da nossa.


Ultimamente têm tentado dissimular sua peculiaridade, assumindo atitudes masculinas e fazendo coisas - como dirigir grandes empresas e xingar a mãe do motorista ao lado - impensáveis há alguns anos, o que só aumenta a suspeita de que se trata de uma estratégia para camuflar nossas diferenças, que estavam começando a dar na vista.


Quando comentamos o fato, nos acusam de ser machistas, presos a preconceitos e incapazes de reconhecer seus direitos, ou então roçam a nossa nuca com o nariz, dizendo coisas como “ioink, ioink” que nos deixam arrepiados e sem argumentos.Claramente combinaram isto. Estão sempre combinando maneiras novas de impedir que se descubra que são alienígenas e têm desígnios próprios para a nossa terra.


É o que fazem, quando vão, todas juntas, ao banheiro, sabendo que não podemos ir atrás para ouvir.Muitas vezes, mesmo na nossa presença, falam uma linguagem incompreensível que só elas entendem, obviamente um código para transmitir instruções do Planeta Mãe.E têm seus golpes baixos. Seus truques covardes. Seus olhos laser, claros ou profundamente escuros, suas bocas.


Meu Deus, algumas até sardas no nariz. Seus seios, aqueles mísseis inteligentes. Aquela curva suave da coxa, quando está chegando no quadril, e a Convenção de Genebra não vê isso!E as armas químicas - perfumes, loções, cremes. São de uma civilização superior, o que podem nossos tacapes contra os seus exércitos de encantos?


Breve dominarão o mundo. Breve saberemos o que elas querem. Se depois de sair este artigo, eu for encontrado morto com sinais de ter sido carinhosamente asfixiado, como um sorriso, minha tese está certa. Se nada me acontecer, sinal de que a tese está certa, mas elas não temem mais o desmascaramento.O que elas querem, afinal?Se a mulher realmente veio ao mundo para inspirar o homem a melhorar e ser digno dela, pode ter chegado à conclusão de que falhou, que este velho guerreiro nunca tomará jeito.


Continuaremos a ser mulheres com defeito, uma experiência menor num planeta inferior. O que sugere a possibilidade de que, assim como veio, a mulher está pronta a partir, desiludida conosco.E se for isso que elas conspiram nos banheiros? A retirada? Seríamos abandonados à nossa própria estupidez. Elas levariam as suas filhas e nos deixariam com caras de Ugh.Posso ver o fim da nossa espécie.


Nossos melhores cientistas abandonando tudo e se dedicando a intermináveis testes com a costela, depois de desistir da mulher sintética. Tentando recriar a mágica da criação.

Uma mulher, qualquer mulher, de qualquer jeito! Prometemos que desta vez não as decepcionaremos! Uma mulher! Como é que se faz uma mulher?

AUTORIA: Luís Fernando Veríssimo

sábado, 20 de setembro de 2008

Interpretar é compreender

Marcelo Zocchio




"Hoje vamos interpretar um poema", disse a professora de literatura. "Trata-se de um poema mínimo da extraordinária poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen", continuou. "O seu título é 'Intacta Memória'. Por favor, prestem atenção." E com essas palavras começou a leitura.

"Intacta memória —se eu chamasse
Uma por uma as coisas que adorei
Talvez que a minha vida regressasse
Vencida pelo amor com que a sonhei.
"Ela tira os olhos do livro e fala: "O que é que o autor queria dizer ao escrever esse poema?". Essa pergunta é muito importante. Ela é o início do processo de interpretação.
Na vida estamos envolvidos o tempo todo em interpretar. Um amigo diz uma coisa que a gente não entende. A gente diz logo: "O que é que você quer dizer com isso?". Aí ele diz de uma outra forma, e a gente entende.
E a interpretação, todo mundo sabe disso, é aquilo que se deve fazer com os textos que se lê. Para que sejam compreendidos. Razão por que os materiais escolares estão cheios de testes de compreensão
Interpretar é compreender.É claro que a interpretação só se aplica a textos obscuros. Se o meu amigo tivesse dito o que queria dizer de forma clara, eu não lhe teria feito a pergunta. Interpretar é acender luzes na escuridão.
Lembra-se do poema de Robert Frost, que diz: "Os bosques são belos, sombrios, fundos..."? Acesas as luzes da interpretação na escuridão dos bosques, suas sombras desaparecem. Tudo fica claro. "O que é que o autor queria dizer?"
Note: o autor queria dizer algo. Queria dizer, mas não disse. Por que será que ele não disse o que queria dizer? Só existe uma resposta: "Por incompetência lingüística". Ele queria dizer algo, mas o que saiu foi apenas um gaguejo, uma coisa que ele não queria dizer...
A interpretação, assim, se revela necessária para salvar o texto da incompetência lingüística do autor... Os poetas são incompetentes verbais. Felizmente, com o uso dos recursos das ciências da linguagem, salvamos o autor de sua confusão e o fazemos dizer o que ele realmente queria dizer. Mas, se o texto interpretado é aquilo que o autor queria dizer, por que não ficar com a interpretação e jogar o texto fora?
É claro que tudo o que eu disse é uma brincadeira verdadeira. É preciso compreender que o escritor nunca quer dizer alguma coisa. Ele simplesmente diz. O que está escrito é o que ele queria dizer. Se me perguntam "O que é que você queria dizer?", eu respondo: "Eu queria dizer o que disse. Se eu quisesse dizer outra coisa, eu teria dito outra coisa, e não aquilo que eu disse".
Estremeço quando me ameaçam com interpretações de textos meus. Escrevi uma estória com o título "O Gambá Que Não Sabia Sorrir". É a estória de um gambazinho chamado Cheiroso, que ficava pendurado pelo rabo no galho de uma árvore. Uma escola me convidou para assistir à interpretação do texto que seria feita pelas crianças. Fui com alegria. Iniciada a interpretação, eu fiquei pasmo! A interpretação começava com o gambá.
O que é que o Rubem Alves queria dizer com o gambá? Foram ao dicionário e lá encontraram: "Gambá: nome de animais marsupiais do gênero Didelphis, de hábitos noturnos, que vivem em árvores e são fedorentos. São onívoros, tendo predileção por ovos e galinhas". Seguiam descrições científicas de todos os bichos que apareciam na estória.
Fiquei a pensar: "O que é que fizeram com o meu gambá? Meu gambazinho não é um marsupial fedorento".
Octavio Paz diz que a resposta a um texto nunca deve ser uma interpretação. Deve ser um outro texto. Assim, quando um professor lê um poema para os seus alunos, deve fazer-lhes uma provocação: "O que é que esse poema lhes sugere? O que é que vocês vêem? Que imagens? Que associações?".
Assim o aluno, em vez de se entregar à duvidosa tarefa de descobrir o que o autor queria dizer, entrega-se à criativa tarefa de produzir o seu próprio texto literário.Mas há um tipo de interpretação que eu amo. É aquela que se inspira na interpretação musical. O pianista interpreta uma peça. Isso não quer dizer que ele esteja tentando dizer o que o compositor queria dizer. Ao contrário. Possuído pela partitura, ele a torna viva, transforma-a em objeto musical, tal como ele a vive na sua possessão.
Os poemas assim podem ser interpretados, transformados em gestos, em dança, em teatro, em pintura. O meu amigo Laerte Asnis transformou a minha estória "A Pipa e a Flor" num maravilhoso espetáculo teatral. Pela arte do intérprete —o Laerte, palhaço—, o texto que estava preso ao livro fica livre, ganha vida, movimento, música, humor. Com isso, a estória se apossa daqueles que assistem ao espetáculo. E o extraordinário é que todos entendem, crianças e adultos. Eu chorei na primeira vez que o vi.
O que é que a Sophia de Mello Breyner Andresen queria dizer com o seu poema? Não sei. Só sei que o seu poema faz amor comigo.

AUTORIA: RUBEM ALVES
colunista da Folha de S.Paulo

Concurso para professor




A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão do Distrito Federal (SEPLAG - http://www.sga.df.gov.br/), torna pública a realização de concurso público para o ingresso no cargo de Professor de Educação Básica da Carreira Magistério Público do Quadro de Pessoal da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (http://www.se.df.gov.br/).

O concurso será executado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB).
Sobre as inscrições:

Será admitida a inscrição somente via Internet, no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/, solicitada entre 10h00 do dia 23 de setembro de 2008 até às 23h59 do dia 14 de outubro de 2008, observado o horário oficial de Brasília-DF.


Os cargos oferecidos são os seguintes:
Nível Superior: Professor de Educação Básica - Biologia (6), Desenho Técnico (2), Educação Física (40), Eletrônica (2), Enfermagem (5), Filosofia (1), Geografia (8), História (8), Informática (6), Língua Portuguesa (8), Matemática (38), Nutrição (2), Sociologia (2), Atividades (101).


2.1 JORNADA DE TRABALHO: a carga horária de trabalho será de quarenta horas semanais ou de vinte horas semanais, conforme o disposto no artigo 12 da Lei n.° 3.318, de 11 de fevereiro de 2004.

2.1.1 A carga horária semanal de trabalho do candidato que optar pelo turno diurno será de quarenta horas semanais. Para o candidato que optar pelo turno noturno, a carga horária semanal de trabalho será de vinte horas.

2.2 REMUNERAÇÃO: R$ 3.227,87, para a carga horária de trabalho de quarenta horas semanais, em regime de tempo integral e dedicação exclusiva ao Magistério Público do Distrito Federal, e R$ 1.203,87, para a carga horária de trabalho de vinte horas semanais.

Amizade


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sugestao

para este final de semana...somente para adultos

Eu aposto no Centro-Oeste!!!!



Renda média no Centro-Oeste ultrapassa Sudeste e é a maior do país



Os brasileiros que vivem no Centro-Oeste agora ganham mais, em média, do que os habitantes do Sudeste. Os dados são da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os ganhos, no entanto, não foram bem distribuídos pela população. A região Centro-Oeste foi a única do país onde a concentração de renda aumentou entre 2006 e 2007.



A renda média da população do Centro-Oeste aumentou 7,96% no ano passado, alcançando R$ 1.139 por mês. Em 2006, a renda era de R$ 1.055. Os valores já descontam a inflação do período e foram todos corrigidos pelo INPC de setembro de 2007, quando o IBGE realizou a pesquisa.Segundo o IBGE, a explicação para o desempenho do Centro-Oeste está no crescimento do emprego no setor agrícola e na máquina pública.No Sudeste também houve aumento dos ganhos no período, mas em ritmo menor e com distribuição de renda.


A renda média nessa região passou de R$ 1.077 para R$ 1.098, um crescimento de apenas 1,95%. Ambas as regiões estão bem acima da média nacional, de R$ 955 no ano passado e R$ 926 em 2006 (alta de 3,13%). O Nordeste continua sendo a área mais pobre do país, com renda de R$ 606 (aumento de 2,36%).


No Norte, a renda é de R$ 784 (expansão de 5,8%); no Sul, de R$ 1.064 (subiu 3,7%). Segundo Maria Lúcia Vieira, gerente da Pnad, ainda não é possível saber se esse novo cenário veio para ficar ou se é um ponto fora da curva.Os dados se referem à média de ganhos de brasileiros que têm renda por meio do trabalho atual, seja como empregador ou empregado (excluem, portanto, aposentados e pensionistas).


A pesquisa ficou mais abrangente em 2004, quando foi incluída a população da zona rural dos Estados de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, o que impede uma comparação direta dos dados atuais com os anteriores a 2003.


Adaptando os dados atuais para uma forma que permita comparação de longo prazo (veja gráfico abaixo), o IBGE constatou que, em 2007, a renda média no Sudeste (R$ 1.044) e no Norte (R$ 784) foi menor do que em 1997 (R$ 1.145 e R$ 794, respectivamente). Os rendimentos aumentaram nesses dez anos no Nordeste (de R$ 446 para 493), no Sul (de R$ 883 para R$ 936) e no o Centro-Oeste (R$ 955 para R$ 1.058).


Silvio Crespo