quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Perfeiçao vocal


Superaçao




Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis. De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é até provável que assistisse às aulas nas ocasiões em que não estava trabalhando.
Machado de Assis tinha tudo para passar despercebido, no entanto tornou-se um exemplo de superaçao, pois foi maior do que o preconceito da época, fez prevalecer o seu talento e entrou pra historia pela sua grandeza,principalmente, no ambito literario!!!
By Jana

Agronegócio sem educação?








"Podemos discutir se as escolas são fruto da prosperidade ou se ajudam a trazê-la. Mas sabemos que o agronegócio só vinga onde há gente bem educada"
Repetem-se as proezas do agronegócio brasileiro. O país faz bonito na soja, nos sucos, na carne, no frango e em outros produtos resultantes do feliz encontro entre sol, água, inovação tecnológica e capacidade empresarial. A equação contém os ingredientes do sucesso. Sol e água creditamos à generosidade divina. Na tecnologia, bem conhecemos a liderança da Embrapa, que traz a reboque muita pesquisa universitária. O empresariado rural foi uma surpresa. Persiste a imagem do coronel do interior, herdeiro de um feudalismo atrasado. Era um empresário ausente do campo e presente nas grandes capitais, onde esbanjava suas riquezas. De onde veio essa nova classe empresarial moderna, arrojada e pragmática?
A história ainda não está bem contada. Quem sabe o mapa do Brasil daria algumas respostas? Pedi a um agrônomo que me marcasse com pontinhos no mapa onde estava situado o agronegócio. Em seguida, tomei os níveis que cada estado obteve no Ideb (um indicador do MEC que combina a velocidade de avanço dos alunos no sistema com a pontuação obtida na Prova Brasil). Dividi os estados em quatro categorias. Em seguida, superpus um mapa ao outro. Pude ver, simultaneamente, a distribuição do agronegócio e o nível de avanço da educação. Surpresa! O agronegócio só viceja nos estados que estão na metade de cima da qualidade da educação. Seja qual for a razão, ele não gosta de estados com gente pouco educada.
Vamos entender melhor o lado da educação. A liderança dos estados do Centro-Sul é centenária. Mas o Centro-Oeste deu um salto enorme, ultrapassando velozmente o Norte e o Nordeste. A razão é simples: foi colonizado por migrantes do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, tradicionalmente os estados com os melhores níveis de escolaridade. Ao migrar para os cerrados do Centro-Oeste, essa gente reproduziu lá seu estilo de vida. No interior de Goiás deparei com um negro trajando bombachas. Vinha do Rio Grande do Sul, tchê! Como levaram as bombachas, os gaúchos também carregaram para lá as escolas e a infra-estrutura de água e esgoto tratados. O mapa, contudo, mostra algumas bolinhas avançando sobre estados educacionalmente mais pobres do Norte e do Nordeste. Mas são microrregiões colonizadas pelos fluxos migratórios sulinos, avançando no território do oeste da Bahia, sul do Piauí e do Pará.
As aparentes exceções não fazem senão confirmar o que indica o mapa: o agronegócio não se localizou onde a educação é fraca. Poderíamos pensar que a Embrapa estaria a serviço de um capitalismo sulino, furtando-se de investir no que precisariam o Norte e o Nordeste para dar igual salto. A teoria parece boa. Mas não é. A Embrapa tem enormes investimentos em produtos para toda a geografia nacional. Ainda assim, seus grandes clientes se encontram no agronegócio. Ao se registrar a forte aderência do agronegócio às regiões habitadas por gente mais bem educada, nota-se, também, pistas para o enigma do aparecimento de um empresariado moderno no campo. Ao que tudo indica, seu surgimento está ainda associado aos níveis superiores de educação e modernidade do Centro-Sul e às ondas de colonização vindas de lá. Por serem mais bem educados e possuírem uma cultura empresarial, eles entendem de mercado e apropriam-se das melhores tecnologias. No fim dos anos 70, numa visita a Ijuí, eu discutia educação rural com as lideranças de uma cooperativa agrícola. Eu falava de escolas com galinhas circulando pelas salas de aula e não nos entendíamos. Finalmente, eu vi que estava fora de seu universo. A preocupação delas era conseguir que as instituições de ensino da região preparassem seus alunos para entender a bolsa de cereais de Chicago, já on-line na cooperativa. São esses os responsáveis pelo crescimento da soja no Centro-Oeste.
O que aprendemos com o mapa citado no presente ensaio? Podemos discutir se as escolas são fruto da prosperidade ou se ajudam a trazê-la. Podemos entrar no campo pantanoso das relações entre educação e traços culturais. Mas, no mínimo, ficamos sabendo que o agronegócio só vinga onde há ou aparece gente mais bem educada.




Claudio de Moura Castro é economista (claudio&moura&castro@cmcastro.com.br)


Profissao reporter



Quero documentar aqui a minha admiraçao pelo jornalista Caco Barcellos, que vem de "outros carnavais" ou trabalhos...
Um dia, ha muito tempo atras, sonhei em ser reporter, e naquele sonho idealizava realizar um trabalho engajado como o de Caco Barcellos, apontando injustiças, mazelas...imagino o quanto deve ser dificil cumprir com essa tarefa e também o quanto é arriscado, confesso que nao sei se teria tanta coragem...
O programa profissao reporter é um exemplo de compromisso social, pois apresenta problemas ambientais, descaso do poder publico, o "mundo dos marginalizados"....
sem melodramas apelativos, prioriza as variaçoes das perspectivas sociais, mas principalmente destaca o olhar dos sujeitos das historias abordadas!!!
Parabéns Caco Barcellos!!!
By Jana

Presidente do TSE defende voto facultativo no Brasil



O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, defendeu ontem (1º) em entrevista ao Programa 3 a 1, da TV Brasil, que o voto no país deixe de ser obrigatório futuramente, condicionado à maior consolidação da democracia e da justiça social.


A entrevista completa será exibida a partir das 22h pela emissora.“Eu entendo que temos um encontro marcado com esse tema no futuro e a legislação consagrará, como em outros países, a voluntariedade do voto. O eleitor comparecendo porque quer participar efetivamente do processo eleitoral e se engajando nas campanhas com mais conhecimento de causa e determinação pessoal”, disse Britto.“Como rito de passagem, a obrigatoriedade do voto deve permanecer ainda por mais tempo. Até que a democracia se consolide e que a economia chegue mais para todos”, ressaltou.


Na entrevista, Ayres Britto também reiterou posicionamento favorável ao financiamento público de campanha, como solução mais viável para evitar que o poderio econômico prevaleça sobre as qualidades políticas de cada candidato.


“Um dos fatores de desequilíbrio na campanha é o abuso do poder econômico, que tende a prosperar enquanto não houver financiamento público”, assinalou.Segundo o ministro, tanto o caixa um (doações recebidas e declaradas) quanto o caixa-dois (utilização de recursos não contabilizados) estimulam uma situação imprópria para o exercício dos mandatos públicos pelos candidatos.


“Quando não se tem financiamento público exclusivo, os candidatos resvalam para o caixa-dois. E o caixa-dois se tornou, à margem da lei, uma práxis. Significa um financiamento de campanha por quem não pode aparecer, que tende a financiar a campanha como um investimento, um capital empatado, que precisa de retorno, de ser remunerado”, argumentou Britto.“Sou contra também o caixa um.


O candidato já é eleito comprometido com os seus financiadores e, para fazer o capital retornar às fontes, vai negociar com concessões, permissões, dispensa de licitação, subfaturamento e até corrupção. Isso abate numa só cajadada os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade, porque tudo ocorre debaixo dos panos, e o princípio da eficiência administrativa”, concluiu o ministro.


O Programa 3×1 é apresentado pelo jornalista Luiz Carlos Azêdo. Participaram da entrevista com o presidente do TSE, como convidados, o cientista político Renato Lessa e o analista de pesquisas Antônio Lavareda.



Por Marco Antônio Soalheiro, repórter da Agência Brasil

Liçao do jardineiro



Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim.

Chegando em casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 15 ou 16 anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço. Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.

O garoto ligou para uma mulher e perguntou:

“A senhora está precisando de um jardineiro?”

“Não. Eu já tenho um”, foi a resposta.

“Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo.”

“Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro também faz isso.”

O garoto insistiu: “eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.”

“O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora.”

“Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível.”

“Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa esperando. Nunca se atrasa.”

Numa última tentativa, o menino arriscou: “o meu preço é um dos melhores.”

“Não”, disse firme a voz ao telefone.

“Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.”

Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro: “Meu rapaz, você perdeu um cliente.”

“Claro que não”, respondeu rápido. “Eu sou o jardineiro dela. Fiz isto apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo.”


Em se falando do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa deste jardineiro?

E, se fizéssemos, qual seria o resultado?

Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro?

Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos?

Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?

Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências, com presteza?

E, por fim, qual tem sido o nosso preço?

Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio, cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as deixamos florescer, sem sufocá-las?

O amor floresce nos pequenos detalhes. Como gotas de chuva que umedecem o solo ou como o sol abundante que se faz generoso, distribuindo seu calor. A gentileza, a simpatia, o respeito são detalhes de suma importância para que a florescência do amor seja plena e frutifique em felicidade.